Sexta-feira é dia de ir jantar a casa da minha mãe. Ontem foi sexta-feira e não foi exceção. Lá fui eu jantar com a família. Mas, jantar em casa da minha mãe, não significa "folga" na cozinha. Muito pelo contrário. Todas as sextas janto em casa da minha mãe e todas as sextas cozinho. A única diferença é que, em vez de cozinhar para duas pessoas, como normalmente acontece aqui por casa, cozinho para quatro ou cinco. É um "ritual" que adoro e do qual não abdico.
Todas as semanas falo com a minha mãe para saber se há lá alguma coisa pelo frigorífico, congelar e/ou despensa da casa que precise de ser cozinhado. Senão houver, sou eu que fico encarregue de ir às compras para confecionar o habitual jantar de sexta em família. E esta sexta-feira calhou ser um daqueles jantares que eu simplesmente adoro: um "Antipasti", desta vez de inspiração ibérica!
Adoro fazer "antipastis" por vários motivos. Primeiro que tudo, acho que é uma excelente refeição para ser partilhada, seja por duas pessoas apenas, pela família ou por um grupo de amigos. Depois permite que cozinhemos e coloquemos na mesa as mais variadas combinações, podendo dar asas à imaginação. E, por fim (mas não em último), é tradicionalmente servido em tábuas de madeira, podendo ser complementado com pratos e taças espalhados pela mesa. E eu simplesmente adoro comida servida em tábuas de madeira!
Deixo-vos então a receita desta nossa refeição familiar, que foi simplesmente um sucesso. Esta receita dá perfeitamente para seis pessoas (principalmente se servirem com pão como eu fiz), exceto se aí por casa também tiverem alguém como o meu irmão, que come por duas ou mesmo três pessoas normais.
Para seis pessoas:
4 costeletas de porco (eu prefiro as do
cachaço e gosto de as cozinhar com o osso e retirá-lo depois mas podem cozinhar
já arranjadas, sem osso)
Sal e pimenta q.b.
1 colher de sopa de colorau
1 colher de sopa de cominhos + 1 colher de
chá de cominhos
Azeite
1 colher de sopa de polpa de tomate
2 colheres de sopa de mel
2 dentes de alho ralados
2 pedaços de gengibre (com cerca de 3cm cada
um) ralados
1 caixa de tomates cereja
Folhas de manjericão fresco a gosto
600 gramas de pota limpa, cortada em
pequenos cubos
Sumo e raspa de um limão
1 chouriço corrente
1 pimento cortado em tiras finas
1 cebola cortada em meias luas
1 colher de café de açúcar
Salsa picada a gosto
- Temperar as costeletas com sal, pimenta, colorau, a colher
de sopa de cominhos, um fio de azeite, polpa de tomate, mel, um dente de alho ralado
e um dos pedaços de gengibre também ralado. Deixar a marinar, de preferência de
um dia para o outro.
- Cortar os tomates (uns ao meio, outros em quartos) e
colocar numa taça ou diretamente na tábua de madeira. Mesmo antes de servir,
temperar com sal, azeite e manjericão.
- Temperar a pota com sal, pimenta, uma colher de chá de cominhos,
o outro alho e gengibre ralados e raspa de limão. Reservar.
- Cortar o chouriço em rodelas. Numa frigideira grande e antiaderente
regada com um fio de azeite, alourar o chouriço um minuto de cada lado para que
fique bem corado e um pouco crocante e aromatize o azeite. Retirar para a tábua
e reservar.
- Nessa mesma frigideira, fritar as costeletas. A meio da
cozedura da carne, chegar as costeletas para o lado e arranjar espaço para
colocar o pimento e a cebola, temperados com uma pitada de sal e com o açúcar,
salteando até estarem moles e alourados. Retirar os legumes para a tábua, bem
como as costeletas.
- Enquanto a carne repousa, colocar outra frigideira ao lume
(ou usar a mesma, limpando o excesso de gordura com papel de cozinha
absorvente), regar com um pouco de azeite e saltear a pota durante uns minutos.
Enquanto a pota cozinha, aproveitar para fatiar as costeletas.
- Retirar a pota do lume, regar com sumo de limão, polvilhar
com salsa e envolver.
- Dispor tudo na mesa, de preferência numa ou mais tábuas de
madeira. Pode-se comer simplesmente assim ou então servir com baguetes de pão
rústico ligeiramente tostado e depois esfregado com um dente de alho.
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